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O que meu medo está tentando proteger?

  • Foto do escritor: Nicole Plascak
    Nicole Plascak
  • 4 de fev.
  • 2 min de leitura

Atualizado: 7 de ago.


Costumamos ver o medo como um inimigo, algo a ser vencido, ignorado, abafado. Mas e se, em vez disso, o escutássemos? E se o medo fosse, na verdade, um guardião das portas do nosso mundo interior, zelando por algo que ainda não temos forças para enfrentar?


O medo pode ser compreendido como um mensageiro do inconsciente. Ele aparece não apenas para nos alertar sobre o que nos ameaça, mas para nos revelar o que é precioso demais para ser colocado em risco.


Você teme a rejeição? Talvez porque, no fundo, o pertencimento seja um valor essencial para a sua alma e você precisa de conexão.

Você teme o fracasso? Pode ser que, por trás disso, exista uma necessidade profunda de reconhecimento, de sentir que sua existência tem valor.

Você teme a mudança? Então talvez a estabilidade e consistência sejam alicercer sobre os quais você construiu sua identidade.


O medo aponta para aquilo que queremos proteger — nossas necessidades mais íntimas, nossas feridas mais antigas, nossos desejos mais puros.

E se, ao invés de fugir dele, nós o seguíssemos como se fosse uma bússola?E se disséssemos: “Mostre-me o que você guarda”?


Dentro do medo, há sempre uma imagem sagrada. É como o dragão das lendas: ele aterroriza, sim, mas também guarda o ouro. Toda transformação começa quando ousamos olhar o dragão nos olhos e perguntar: “O que você está defendendo com tanto zelo?”


Quando compreendemos o que está verdadeiramente em jogo, podemos cuidar dessas partes internas com mais consciência, sem deixar que o medo conduza nossa vida pelas sombras da evitação ou da paralisia. O medo só se torna tirano quando ignorado. Quando acolhido, ele se transforma em conselheiro.


Perguntas para sua alma:

  • Se você deixar seu medo ser bússola, onde ele aponta?

  • Que parte de você ele tenta proteger com tanta força?

  • Que necessidade precisa ser reconhecida para que você possa seguir em frente?

  • Que imagem surge quando você pensa no seu medo? Há algo que ele guarda atrás de si?


A zona de conforto é o território onde nossa alma se sente protegida, mas também onde ela pode adormecer. A saída desse espaço não precisa ser um salto cego, pode ser um passo firme, dado com respeito às suas próprias vulnerabilidades.

O autoconhecimento não dissolve o medo, mas revela sua linguagem. Não elimina a dor, mas mostra onde ela quer ser ouvida. Não oferece respostas prontas, mas abre espaço para o diálogo com a alma.

Se você está nesse caminho, saiba que não está só. A alma não se apressa, e cada passo em direção à consciência é, por si só, uma pequena vitória.

Vamos juntos nessa travessia?



 
 
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