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O papel dos relacionamentos amorosos: solteiros ou acompanhados

  • Foto do escritor: Nicole Plascak
    Nicole Plascak
  • 4 de ago.
  • 2 min de leitura

Atualizado: 24 de nov.


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Nos últimos anos, existe uma transformação silenciosa e profunda no modo como enxergamos os relacionamentos amorosos. "Ter um namorado(a)” deixou de ser um troféu ou conquista para muitos. Se antes o status de relacionamento ocupava o centro das narrativas femininas, tanto na vida real quanto nas redes sociais, hoje existem outras formas de viver, existir e compartilhar que não giram exclusivamente ao redor do vínculo amoroso.


No passado, estar acompanhado era visto como símbolo de sucesso. Mulheres sentiam-se inclinadas a transformar o relacionamento em parte fundamental da própria identidade, integrando o casal à sua rotina e às suas conquistas.


Mas esse padrão está mudando: o amor romântico já não é mais sinônimo de realização social, e compartilhar a vida a dois perdeu seu glamour como objetivo máximo. Agora, há um reconhecimento de que autonomia, amizade, carreira e projetos pessoais também são centrais para o bem-estar, e que um relacionamento amoroso pode ocupar apenas parte, não o todo, da narrativa de cada um de nós.


Essa descentralização não significa rejeitar o amor, mas libertar-se da expectativa de que um par romântico define quem somos. Para mulheres, homens, e pessoas trans e não binárias, cresce o espaço para expressar vulnerabilidade, trabalhar o autoconhecimento e escolher laços com mais consciência, sem a obrigação de aderir a velhos moldes.


O relacionamento deixa de ser objetivo final para ser possibilidade, construção, escolha e caminho na forma de existir.


Uma reflexão simbólica


Seja você mar que espera calmaria ou viajante que explora novos portos, solteiro ou acompanhado, a vida convida a olhar para dentro e se perguntar:


• Em que canto do seu universo o amor repousa ou faz morada hoje?

• Que cores da sua essência são realçadas ou suavizadas pela presença ou ausência de um vínculo amoroso?

• Você é vento livre que se revela na própria forma, ou sombra que busca luz em olhos alheios?

• Quais mares internos se agitam quando o coração decide zarpar, ancorar ou mudar seu rumo?


O acompanhamento terapêutico com a psicologia analítica pode ser um grande aliado nesse caminho de descoberta e autoconhecimento. Por meio de uma escuta profissional acolhedora, da análise dos padrões e da construção de novas perspectivas, a terapia nos permite identificar comportamentos repetitivos e limitações que, muitas vezes, mantenham nossos vínculos em ciclos pouco saudáveis. Seja para quem deseja criar, transformar ou encerrar uma relação, o trabalho terapêutico auxilia a superar padrões que não favorecem o desenvolvimento e também incentiva a abertura para escolhas mais conscientes, maduras e alinhadas ao que realmente desejamos viver.


Não há resposta certa. Não existe um roteiro único, nem uma direção absoluta. Existe, sim, a oportunidade de olhar para essas mudanças e perceber, com honestidade e generosidade, como elas moldam a forma como você deseja existir e se relacionar com o outro, mas principalmente consigo mesmo.



essa reflexão surgiu a partir do artigo da Vogue: https://www.vogue.com/article/is-having-a-boyfriend-embarrassing-now

 
 
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